Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SALVADOR NARDI DE VASCONCELOS NORONHA

( Brasil – São Paulo )

 

Capitão Salvador Nardy de Vasconcellos.
Nasceu talvez no sul do atual Estado de São Paulo, por volta de 1723, e era filho do capitão Francisco Nardi de Vasconcelos e de Paulina Aragão. Seus filhos emanciparam-se em 1770 em Sorocaba e um deles, Francisco Marcelino, em 1775 já era capitão, em Paranapanema. Outro filho (Carlos Maria) casou-se em Itu em 1790. Pouco mais se sabe do sargento-mor poeta que, em 1791, fez parte da Academia do Senado da Câmara de São Paulo, reunida para festejar a inauguração de obras públicas realizadas pelo governador da Capitania, Bernardo José de Lorena e que, em 1796, ainda era vivo e pertencia à Câmara de São Paulo.

 

ANTOLOGIA DA POESIA PAULISTA II. Org. Domingos Carvalho da Silva, Oliveira Ribeiro Neto, Péricles Eugênio da Silva Ramos. São Paulo: Comissão Estadual de Literatura, Conselho    Estadual de Cultura, 1960. 173 p.  16x23 cm.  Inclui Errata.   Impresso na Imprensa    Oficial do Estado. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

AO ILMO. E EXMO. SENHOR BERNARDO JOSÉ DE LORENA GOVERNADOR E CAPITÃO GENERAL DESTA
CAPITANIA E CIDADE DE SÃO PAULO

 

(EXCERTO)

Helicônia deidade
Que regeis da Aganipe o coro santo,
E grata suavidade
Nos votos inspirais, regei meu canto,
Pondo tal consonância em minha lira,
Que ser de Orfeu a cítara se infira.

Eu sei que não mereço,
Por mim só conseguir favor tão alto;
Mas o sublime preço
Do ilustre digno herói com que exalto,
Quando empreendo louvar seu nome Peito,
Supre minha indigência meu defeito.

....................................................................

Lorena a Jove imita
Em seu proceder justo, reto intento;
Mereça eu pois a dita
De aqui hoje erigir-me um Monumento,
Por vós délfico Numen inspirado,
Se desde já não for por vós cantado.

Pois só de vós é digno
E deste coro excelso e luminoso
Aquele Herói divino,
Que o puro céu benéfico e piedoso
Destinou para bem da humanidade,
Para glória imortal da nossa idade,

......................................................................

Tu cara Paulistana
Tu que gozando estás de benefícios,
Regozijosa e ufana,
Entre faustos benéficos auspícios
De mais completo bem que inda te espera,
Dize quem mais em te exaltar se esmera?

Não obstante em teu seio
Ter o céu posto aurífera riqueza
Eu te vi sem asseio,
Sem alinho, sem pompa, sem grandeza,
Com um pobre penacho mal tecido,
De pés descalços, rosto enfim abatido.

Qual mísera cativa
Que entrega a seu senhor quanto industria,
E com suor cultiva,
Ovelha que a bem de outrem a lã cria
Oiro te vi oferecer nas ricas veias
Só para enriquecer terras alheias.

Outra te vejo agora
Outras honras gozando, outro respeito:
Vejo-te qual senhora
Teus efeitos dispondo em teu proveito.
E quem produz em ti tal diferença?
Quem dia e noite em tua glória pensa?

Com obras manifestas
Que Lorena é este herói que te levanta
Tu mesma nos atestas:
Quanto em abono seu já a fama canta
Comprova-o tu com fatos existentes,
Com estes infelizes pretendentes.
............................................................

As obras das calçadas,
Do chafariz, e as mais que se meditam,
Além das já acabadas,
Que a admiração e pasmo nos excitam,
E a Lorena, e seus altos pensamentos
Hão de servir de eternos Monumentos.

Mostra os amplos caminhos,
Tão diversos já do que eram antes
Os teus mares vizinhos
Cobertos de industriosos navegantes
Com os quais os teus gêneros trocando,
Te vais com forças novas alentando.

Essa serra elevada,
Que no cume as estrelas desafia,
E difícil entrada
Ao triste caminhante permitia,
Tornada já em livre e ameno passo
Aonde não se encontra algum embaraço

As perfumadas minas
Pelo impulso das águas escavadas,
Cujas grossas ruínas
São hoje com dispêndio reparadas,
Que os passados descuidos manifestam,
E o teu melhoramento nos atestam.

Mostra os teus edifícios,
Disputando igualdade no opulento,
Aos célebre Egípcios;
Do soberano real Quatelamento
De adorno singular, forma elegante,
Que do tempo será triunfante.

............................................................

Mostra... mas onde Musa
Vais terminar teu voo acelerado?
Teme cair confusa
Em um mar que jamais será sonhado,
De Lorena os louvores, mas não dar fim.

É alheia desta ação,
Em que louvar o vosso herói procuras,
Difusa narração:
Se temerária a tanto te aventuras,
Converte o canto teu em epopeia
Que deixa o mais a mais sublime ideia.

(
Poetas da Academia do Senado da
Câmara de São Paulo – Clube de Poesia – 1956)
                 


*

VEJA e LEIA outros poetas de SÃO PAULO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

 

Página publicada em outubro de 2022

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar